IN MANUS TUAS, DOMINE!
Em tuas mãos, Senhor, coloco o meu passado, o meu presente e o meu futuro. Tudo o que sou e o que tenho. Os que amo e me são caros. Os que me são confiados. Para que em tudo se faça a Tua Vontade e, possamos ser instrumentos dóceis em Tuas Mãos, para realizar a tua obra de amor no mundo e no coração de todos os homens!

sábado, 22 de outubro de 2011

Este é o caminho sobre o qual Cristo caminhou
De um antigo discurso sobre o amor de Deus e do próximo
                Falarei ao vosso amor daquele amor do qual Cristo disse: “Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente. E amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22, 37.39). Isso ele ordenou, porque “destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas” (Mt 22,40).
                Amarás, porém, o teu Deus, e amarás o teu irmão, porque “quem ama o seu irmão permanece na luz e e não nele ocasião de tropeço” (1 Jo 2,10). Amai-vos, portanto, caríssimos irmãos, amai os amigos, amai os inimigos. O que perdereis bucando de amar muitos? Escutemos o Senhor, que no Evangelho diz: “Eu vos dou um novo mandamento: que vos ameis uns aos outros. Nisso todos saberão que sois os meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros.” (Jo 13, 34-35) Vêde como o próprio Senhor amou todos, que nos mandou de amar-nos reciprocamente. Amou aos seus discípulos, que o seguiam sempre como companheiros. Amou os judeus que o perseguiam como inimidos. Pregou aos discípulos o reino dos céus. Estes o escutaram, e deixando tudo, o seguiram; e disse-lhes: Se fizerdes o que eu vos mando, não vos chamo mais servos, mas amigos (cf. Jo 15,14.15). Eram portanto seus amigos os que obedeciam fielmente às suas ordens. Pediu por eles quando disse: “Pai, quero que tambem aqueles que me destes estejam onde eu estou, para que contemplem a minha glória, aquela que me destes antes da criação do mundo” (Jo 17,24). Mas talvez rezou pelos amigos e não chamou os inimigos?
                Escuta e aprende. Durante a sua própria paixão, vendo os judeus incrédulos contra ele a gritar por toda parte que fosse crucificado, invocou num grande grito o Pai e lhe disse: “Pai, perdoai-os porque não sabem o que fazem” (Lc 22,34). Como se dissesse: a malicia deles os cegou, a tua clemencia os perdoe. E a sua invocação ao Pai não foi vã, porque em seguida muitos judeus creram e, tornados crentes, beberam aquele sangue que cruelmente havia derramado e tornaram-se seus seguidores os que foram os seus perseguidores.
                Esta é a estrada sobre a qual caminhou o Cristo. Seguia-mo-la para não ser inutilmente chamados cristãos.

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