IN MANUS TUAS, DOMINE!
Em tuas mãos, Senhor, coloco o meu passado, o meu presente e o meu futuro. Tudo o que sou e o que tenho. Os que amo e me são caros. Os que me são confiados. Para que em tudo se faça a Tua Vontade e, possamos ser instrumentos dóceis em Tuas Mãos, para realizar a tua obra de amor no mundo e no coração de todos os homens!

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Ensinava como quem tem autoridade
Das Homilias sobre S. Mateus de São João Crisóstomo, bispo
                “Foram a Cafarnaum e, entrando na cidade no dia de sábado, na sinagoga, Jesus se colocou a ensinar. E ficam maravilhados com o seu ensinamento” (Mc 1,21-22). Certamente era lógico que a gravidade do discurso os perturbasse e se sentissem atordoados pela sublimidade dos preceitos; mas na verdade era tão eloquente a força do Mestre, a ponto de fascinar muitos deles persuadindo-os a não afastar-se dele, terminado o discurso, pelo gosto provado no ouvi-lo. De fato, quando desceu do monte, os ouvintes não se foram dali, mas toda a massa da gente o seguiu, tanto fascínio lhes havia inspirado a sua doutrina.
                Mas sobretudo admiravam o seu poder. De fato não fala referindo-se à palavras de outros, como os profetas e Moisés, mas em toda palavra mostrava de ter ele mesmo a autoridade. Depois de haver cidado a lei, acrescentava: “Mas eu vos digo” (Mt 5,22); e recordando o dia do juízo, indicava a si mesmo como juiz seja do castigo como do prêmio. Por isso, parecia logico que ficassem perturbados. Se os escribas que haviam visto o poder dele nas obras, lhe jogaram pedras e o expulsaram, como era possível que lá, onde a sua força interior se mostrava só com palavras;  não criassem neles perplexidade, tanto mais que foram pronunciadas no inicio, antes ainda que ele manifestasse visivelmente o seu poder? Todavia não sofreriam isso, pois quando de fato o homem é reto e sábio, facilmente aceita o ensinamento da verdade.
                Os fariseus, embora os milagres proclamassem o seu poder, permaneciam enfurecidos; estes (a multidão que o ouvia) ao invés, só ao escutar a sua palavra, se submetiam e o seguiam. O evangelista o diz expressamente: “muita gente o seguia” (Mt 8,1); não eram portanto os príncipes e os escribas, mas todos aqueles em quem não havia malicia e que tinham o coração sincero. Em todo o evangelho surge sempre este tipo de seguiodores. Quando falava, escutavam-no em silêncio, sem interrompe-lo ou perturbar o seu discurso, sem tenta-lo, nem buscar a ocasião de prende-lo como faziam os fariseus; e quando havia terminado de falar o seguiam cheios de admiração. Queria que tu considerasse a prudencia do Senhor, como usa modos diversos seguindo a utilidade dos ouvintes, passando dos milagres às palavras,e logo das palavras aos milagres. De fato, antes de subir o monte curou muitos, como para preparar o caminho para aquilo que devia dizer. E depois de ter terminado este longo discurso, voltou aos milagres, confirmando das palavras com os fatos. Por que de fato “ensinava como aquele que tem autoridade” (Mc 1,22), a fim de que este modo de ensinar não tivesse pompa e ostentação, o traduz imediatamente nas obras: cura tambem as enfermidades como aquele que tem o poder, a fim de que vendo-o cumprir de tal modo o milagre, não permanecessem perturbados por causa dos seus ensinamentos.

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