IN MANUS TUAS, DOMINE!
Em tuas mãos, Senhor, coloco o meu passado, o meu presente e o meu futuro. Tudo o que sou e o que tenho. Os que amo e me são caros. Os que me são confiados. Para que em tudo se faça a Tua Vontade e, possamos ser instrumentos dóceis em Tuas Mãos, para realizar a tua obra de amor no mundo e no coração de todos os homens!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

UM NOVO NATAL!
                Para alguns pode parecer que a cada ano, os cristãos repetem os mesmos ritos, para relembrar um fato a primeira vista tão antigo, mas ao mesmo tempo tão novo, o nascimento do Emanuel, Deus conosco, Jesus de Nazaré, o Salvador!
                Na verdade, não vivemos de uma recordação. Por incrível que pareça, a cada ano revivemos o que ocorreu no meio da noite, tornamo-nos contemporâneos, podemos aproximar-nos deste Menino na companhia dos pastores, alegrando-nos com José e Maria, sussurrando palavras cheias de emoção e alegria,  pela chegada de Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem!
                A alegria deste fato que se irradia pelos séculos e que nos alcança hoje, no início de um Novo Milênio é o fato de que podemos ver a Deus! Deus tornou-se visível aos nossos olhos, Ele nos revelou a Sua Face, Ele deixou-nos penetrar no seu Mistério insondável. Podemos, como os pastores e os Magos do Oriente, que retornaram exultantes para suas casas dizer a todos que nós vemos o Senhor! Podemos ver a Face humana de Deus numa criança pequenina, recém-nascida, colocada sobre um presépio, que não tem para se aquecer senão algumas faixas e o halito dos animais. Deus se fez um de nós!
                Mas, se grande alegria é poder ver o Senhor, não é menor a de poder ouvi-Lo, pois “a Palavra eterna fez-Se pequena; tão pequena que cabe numa manjedoura. Fez-Se criança, para que a Palavra possa ser compreendida por nós.” (Bento XVI, Verbum Domini, 12). Cada vez que abrimos o Evangelho , revivendo os fatos e acolhendo as palavras, como um personagem à mais nas cenas, deixamos que a Palavra que se revelou no Natal deixamos que Deus faça ressoar emnós a sua voz.
                Não só vê-lo, nem só ouvi-lo, mas podemos tocá-Lo tambem. Podemos aconchegá-lo na palma de nossas mãos, quando as estendemos para recebe- Lo na Santa Eucaristia, “pão que é dado para a vida do mundo”. Se Belém é a “Casa do Pão”, cada Eucaristia é Natal; pois o Deus que se fez tão pequenino na mangedoura agora se faz nossa comida e nossa bebida, pão de vida eterna para nós!
                Podemos hoje reviver o Natal! Tambem no irmão com que nos encontramos em nosso dia-a-dia, podemos nos encontrar com o Menino nascido no Natal: “Não te angusties dizendo: - Por que nenhuma pessoa em Belém quis receber com afeto o Menino e sua Mãe? Não te aflijas porque, se receberes o pobre, recebes o Menino e sua Mãe; e se de verdade acreditas nisto, andarás mais solícito em procurar o pobre que está nesta rua, e disputarás aos outros a ocasião de fazer o bem que puderes...não vos contenteis com dar umas moedas ou algo mais, mas daí esmolas em quantidade, pois é exatamente assim que Deus vos dá tantas coisas. Não sejais mesquinhos à hora de dar, já que Deus é tão generoso em dar-vos. Não deis moedinhas por Deus, já que Deus vos dá o seu Filho. Daí esmolas para bem receber Cristo neste Natal. Irmãos, esse que vem é amigo da misericórdia; que Ele vos encontre misericordiosos.” (S. João de Ávila)
                Natal: tempo de deixar-nos tocar por Deus que tão pequenino na mangedoura nos ajuda a superar a distância que nos separa, e vencer o medo, alegrando-nos com o Amor que se torna realidade entre nós.
                Feliz Natal!

Dom Milton Kenan Júnior

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