IN MANUS TUAS, DOMINE!
Em tuas mãos, Senhor, coloco o meu passado, o meu presente e o meu futuro. Tudo o que sou e o que tenho. Os que amo e me são caros. Os que me são confiados. Para que em tudo se faça a Tua Vontade e, possamos ser instrumentos dóceis em Tuas Mãos, para realizar a tua obra de amor no mundo e no coração de todos os homens!

sábado, 1 de outubro de 2011

      
O JUÍZO PRONUNCIADO PELO PAI
Do Comentário sobre o Profeta Isaias de S. Cirilo de Jerusalém, bispo
                Para o Verbo foi dificil assumir a nossa condição e submeter-se à miséria humana. Mas ele diz: O meu julgamente está junto do Senhor e a minha sentença está diante do meu Deus. O Pai sabe quais sofrimentos aceitei para a sua salvação. Por isso pronunciou tambem o julgamento.
                Queres ver o juízo do Pai e a sentença pronunciada sobre eles? Escuta o Salvador que diz aos chefes dos judeus: “Havia um patrão que plantou uma vinha e a cercou com uma sebe, cavou um lagar eedificou uma torre. E, tendo-a arrendado a lavradores, deixou o país.” (Mt 21,33).
                Mandou depois os seus servos para recolher os frutos; e todos foram maltratados. Quando, por fim, mandou o filho, tendo o visto, estes disseram entre si: “Este é o herdeiro; vinde, matemo-lo e será nossa a herança” (Mt 21,38). E o mataram de fato.
                Depois da narração desta parábola o Senhor diz ainda: “Quando, pois vier o dono da vinha o que fará com aqueles vinhateiros?” (Mt 21,40). Disseram-lhe: “Fará morrer miseravelmente aqueles malvados e dará a vinha a outros que lhe entregarão os frutos a seu tempo” (Mt 21,41). Acrescenta então Cristo: “Por isso vos digo: vos será tirado o reino dos céus e será dado a um povo que o fará frutificar” (Mt 21,43). E foi o que de fato ocorreu.
                Foram designados outros guardas das vinhas e sabios agricultores, isto é discípulos do Senhor. Com eles as nuvens deram a chuva, mesmo se tinha recebido a ordem de não irrigar mais a vinha dos judeus. Com eles Cristo não recolheu espinhos, mas uva. Por isso dizemos: “Quando o Senhor destribuir os seus bens, a nossa terra dará o seu fruto” (Sl 84,13).
                Qualquer um poderia tambem observar que aos olhos do Pai estava presente o cansaço do Filho e por isso fez um julgamento justo. Considera bem a força do discurso e reflete sonre o plano da economia divina que nos explica o sapientíssimo Paulo, quando diz: “Embora sendo de natureza divina não se prevaleceu de uma igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens. E, sendo exteriormente reconhecido como homem, humilhou-se ainda mais, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz. Por isso, Deus o exaltou soberanamente e lhe outorgou o nome que está acima de todos os nomes, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho no céu, na terra e nos infernos.” (Flp 2,6-10)
                O Verbo era e é Deus, mas depois que foi proclamado homem e de fato ele se fez homem, assentou-se na sua glória com o corpo. Ele de fato foi reconhecido como Deus e não sofreu em vão. O designio do Pai lhe assegurou a glória: não devia tornar-se um ser estranho e peregrino, mas declarar-se Salvador e Redentor do mundo. Conhecido isso, os céus e a terra e até os infermos se prostram diante dele.





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